Em linha com a filosofia de trabalho desta nova gestão, em que a transição energética desempenha importante papel, ocorreu uma palestra online do presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Lopes Sauaia, em que o foco foi o mercado de energia solar e seu futuro, incluindo a produção de hidrogênio verde no Brasil.
Na apresentação, Sauaia destacou a importância de fontes de energia, afirmando que a “energia solar fotovoltaica é a fonte de energia que mais cresce no mundo. O Brasil é um dos países mais ensolarados e tem um tamanho continental que lhe dá a oportunidade de se tornar uma nação líder em energia solar fotovoltaica. Ainda há muito potencial a ser desenvolvido”.
Confira a posição atual do Brasil no ranking mundial e a participação de cada fonte na matriz energética brasileira:
O presidente ressaltou que a “energia solar FV tem um imenso potencial e proporciona uma vasta gama de benefícios positivos para as empresas, governos e a sociedade em geral.,
O setor contribui para o desenvolvimento sustentável do mundo e do País, especialmente em três esferas: ambiental, socioeconômica e estratégica. Além de gerar impactos positivos, como:
- Forte criação de empregos locais, com uma média anual de 30 empregos por MW instalado.
• Fortalecimento das economias locais, regionais e nacional.
• Diversificação da matriz elétrica brasileira e melhoria da segurança do abastecimento.
• Redução das perdas de transmissão e distribuição no sistema elétrico, ajudando a reduzir os custos na conta de luz dos consumidores.
• Geração de energia limpa, renovável e sustentável para a sociedade.
• Aumento do uso de energia renovável no Brasil.
• Redução das emissões de dióxido de carbono e outras substâncias nocivas.
• Contribuição para a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa no País.
Com relação ao hidrogênio verde, o palestrante abordou a proposta de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), apresentada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) que define um conjunto de ações que facilite o desenvolvimento conjunto de três pilares fundamentais para o sucesso do desenvolvimento de uma economia do hidrogênio: políticas públicas, tecnologia e mercado.
As diretrizes do programa estão estruturadas em seis eixos, que englobam: o fortalecimento das bases científico-tecnológicas, a capacitação de recursos humanos, o planejamento energético, o arcabouço legal e regulatório-normativo, a abertura e crescimento do mercado e competitividade e a cooperação internacional.
Os próximos passos incluem estabelecer a estrutura de governança do programa: instituir um comitê técnico representativo das partes interessadas para gerenciar o programa, que se reunirá periodicamente e preverá a forma de prestação de contas e de monitoramento dos resultados, alinhada com os compromissos assumidos no âmbito do Diálogo em Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia. O Comitê Técnico PNH2 deverá aprovar periodicamente plano de trabalho, com ações, responsáveis e prazos, buscando harmonizar e criar sinergia com outros programas e políticas públicas.
Ao finalizar, Rodrigo Lopes Sauaia, destacou que o” hidrogênio vem se tornando prioridade estratégica para as políticas de energia e de clima de países do mundo todo, inclusive do Brasil, não apenas por ser um vetor energético, mas também por possibilitar o armazenamento de energia”.
Ainda segundo especialistas do setor, o Brasil tem potencial para produzir hidrogênio verde em escala até 2025, em projetos desenvolvidos em diversos estados do País.
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