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Inventário de emissões ajuda na busca de soluções para reduzir a pegada de carbono

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O Programa Brasileiro GHG Protocol está fazendo 10 anos. Começou com 27 empresas fundadoras e, hoje, reúne 140 organizações de 18 setores da economia, cujas emissões de gases de efeito estufa (GEE) representam 15% das emissões brasileiras (descontadas as de Mudança do Uso da Terra e Florestas). O Registro Público de Emissões conta com mais de 2.100 inventários e constitui a maior base de inventários organizacionais de acesso público e gratuito disponível da América Latina.

No setor de construção, a Odebrecht Engenharia e Construção foi uma das pioneiras na adesão ao programa e, atualmente, é certificada pelo selo ouro – chancela do GHG Protocol aos inventários auditados por terceira parte, garantindo a fidedignidade das informações publicadas.

Segundo o diretor de sustentabilidade da Odebrecht, Paulo Campos, a empresa decidiu aderir ao GHG Protocol em 2009, motivada pelos esforços globais voltados à mitigação das mudanças climáticas. Desde então, está empenhada no mapeamento de suas emissões e na busca de soluções que se coadunem com a inovação tecnológica de engenharia e a reduzida pegada de carbono.

Campos explica, porém, que a redução no histórico de emissões deve-se a múltiplas razões. “Sempre que possível, adotamos soluções que reduzem o consumo do concreto, aço e combustíveis, que estão entre as principais fontes de emissão no setor de construção, e atuamos com especial atenção no monitoramento de equipamentos móveis”, afirma Campos.

Para isso, é importante realizar o inventário de emissões para identificar as oportunidades de redução da pegada de carbono.

O que é?

O Programa Brasileiro GHG Protocol é uma iniciativa voluntária que incentiva a realização e publicação de inventários de emissões de gases de efeito estufa de organizações no Brasil. Para estimular essa cultura, é gratuito o acesso a métodos e ferramentas que auxiliam na tomada de decisão para a mitigação do impacto das emissões sobre o clima.

O programa foi adaptado para o contexto nacional pelo FGVces e pelo World Resources Institute (WRI) – em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Embaixada Britânica no Brasil e o World Business Council for Sustainable Development (WBSCD).

Segundo o coordenador do FGVces, Mario Monzoni, o setor empresarial percebeu que a gestão de emissões é fundamental para a perenidade das organizações. Nesse assunto, as relações econômicas e de mercado podem pesar mais e estimular o interesse das empresas do que uma possível regulação nacional.

Editora Conteúdo/Abgail Cardoso

 

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