A despeito do cenário adverso agravado pela pandemia do novo coronavírus e também por causa dele, a ABEMI, que completou em 23 de maio 56 anos de sua fundação, está ainda mais atuante e cheia de vigor. A associação, que já vinha com uma agenda intensa e relevante, reforçou suas ações em diversas frentes, buscando contribuir para o crescimento do setor e do país e liderando iniciativas em favor do fortalecimento da engenharia brasileira.
Os sete grupos de trabalho continuam muito atuantes, com reuniões virtuais quinzenais ou semanais, com grande adesão e participação de dezenas de profissionais das empresas associadas. “Nossos grupos tratam de temas fundamentais para o setor, como saneamento, saúde, segurança e meio ambiente, inovação, tecnologia, competitividade e geração de empregos, processos, compliance, entre outros. Os grupos estão energizados, trabalhando muito motivados em prol do setor”, destaca o presidente da ABEMI, Gabriel Aidar Abouchar.
Caminhos para a retomada
O mesmo espírito determinado e positivo, segundo Gabriel, envolve os executivos da diretoria da ABEMI e das empresas associadas, que estão empenhadas em construir caminhos para a retomada das atividades econômicas no pós-pandemia. “Desde que surgiu a crise do novo coronavírus, estamos trabalhando de maneira coesa e organizada, tomando iniciativas, exercendo o protagonismo, que sempre foi uma característica da nossa associação. É impressionante o que estamos fazendo com recursos próprios e com o conhecimento dos nossos associados”, afirma Gabriel.
As medidas de isolamento social não impediram a realização de eventos, agora na forma de webinars. O primeiro deles foi com o economista Antônio Corrêa de Lacerda, em abril. Para 9 de junho, às 9h, está marcado outro evento com José Bispo, da Agência Nacional de Petróleo, e outros estão sendo organizados.
Cartas e reivindicações
Entre as iniciativas, ele destaca a elaboração e envio, em março, de três cartas com sugestões e demandas para o ministro da Casa Civil, Braga Neto; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a direção da Petrobras. “As demandas incluem questões ligadas à recuperação judicial de empresas, ao acesso a crédito, pagamento de impostos, retomada de investimentos. Parte das nossas sugestões foram acatadas. Estamos acompanhando tudo por meio do Grupo de Trabalho Jurídico. O resultado tem sido muito bom”, destaca Gabriel.
Outra ação importante foi a elaboração e envio de uma carta para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, propondo a aprovação do Marco Regulatório do Saneamento Básico, também assinada pelo Instituto de Engenharia, ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base).
Agora, a ABEMI, também em conjunto com as associações parceiras, vai encaminhar ao Ministério da Economia e à Casa Civil um documento produzido pelo Comitê de Crise da ABEMI para estimular a retomada do crescimento, focado nos eixos tributário, financiamento e desenvolvimento industrial competitivo.
Gabriel afirma que a ABEMI vai buscar aproximação com outras associações, como Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada), Sinduscon (Sindicato da Construção Civil), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e ABCE (Associação Brasileira de Construção e Engenharia). “Mais do que nunca, é hora de somarmos forças para podermos voltar às atividades com segurança e retomarmos o crescimento nesse novo mundo, que ainda não sabemos bem como vai ser”, conclui Gabriel.
Editora Conteúdo/Abgail Cardoso