O diretor da ABEMI, Joaquim Maia, responsável pelo Grupo de Trabalho de Saneamento, Meio Ambiente e Resíduos Sólidos, representou a entidade na solenidade em que o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, assinou o Manifesto Setorial, que será encaminhado à COP 26 e inclui o saneamento como atividade potencialmente mitigadora dos gases de efeito estufa.
Realizada no dia 14, em Brasília, a reunião foi organizada e articulada pelo presidente da Frente Parlamentar do Saneamento, o deputado federal Enrico Misasi (PV-SP), que foi relator do Novo Marco Legal do Saneamento, que recém completou um ano.
Após a assinatura do ministro Rogério Marinho, o documento foi encaminhado ao ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, que o endossou. “O programa de saneamento e resíduos sólidos brasileiro tem alcance mundial e grande impacto em saúde pública e qualidade de vida. É um dos maiores do mundo em inclusão social e despoluição de rios e do meio ambiente. Prevê levar saneamento e esgotamento sanitário a mais de 100 milhões de brasileiros e a universalização da oferta de água tratada, cuja cobertura atual está em 70%”, destaca Joaquim Maia.
O lixo urbano e os gases de efeito estufa
Hoje, 40% do lixo urbano é descartado em lixões a céu aberto, tornando urgente um programa de coleta e tratamento. Para o presidente da ABREN, Yuri Schmitke, as usinas de recuperação energética são a forma mais eficaz de mitigação dos gases de efeito estufa emitidos pelo metano dos resíduos sólidos urbanos (RSU).
Estão previstos investimentos de mais de R$ 5 bilhões nas plantas que vão participar no Leilão A-5 e novos projetos em andamento. Nos próximos 10 anos, o montante deve chegar a R$ 25 bilhões, com expectativa de gerar 15 mil empregos diretos.
Joaquim Maia, da ABEMI, lembra que a entidade faz parte da coalizão pela valorização dos resíduos sólidos, que é capitaneada pela ABREN, cujos executivos também estiveram na solenidade do Manifesto Setorial, em Brasília. Ainda apoiaram o evento representantes da ABCON, ABDID, ABIMAQ/Sindesan e ABRELPE, que foram convidadas a apresentar cases reais na Conferência de Glasgow, que ocorre entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021, na Escócia, que servirá como preparação para a COP 26.