Líder na produção de aços planos no Brasil e na América Latina, com cinco empresas que atuam em toda a cadeia de valor do aço, o Grupo Usiminas viveu, há dois anos, a maior crise de sua história de mais de seis décadas. No dia 22 de maio, o presidente do Grupo, Sergio Leite de Andrade, esteve na sede da ABEMI e contou aos participantes o que a empresa fez para dar a volta por cima.
Em 2015 e 2016, o grupo enfrentou problemas de perda de valor e desligamento de dois altos-fornos, “Vivemos os anos mais difíceis do Grupo Usiminas, acumulando 12 meses de EBITDA negativo, sem condições de pagar as dívidas e o país estava num momento de estagnação. Havia um grande risco de recuperação judicial. Era uma questão de honra a revitalização da empresa”, lembra.
Segundo ele, o ponto de partida para a reconstrução de resultados veio, no primeiro semestre de 2016, com um aporte dos sócios de R$ 1 bilhão e a renegociação da dívida em 10 anos, com três anos de carência. A virada começou no segundo semestre de 2016 com a criação do Grupo dos Dez, com profissionais seniores, com elevada capacitação e que ocupavam posições executivas nas diversas áreas.
Metas ousadas
“Conseguimos uma mobilização incrível em torno do sonho de fazer da Usiminas uma referência no negócio aço e do projeto de recuperação da empresa. Juntamos nossos conhecimentos, definimos metas ousadas para voltar a gerar resultados”, disse Sérgio. Entre outras ações com foco em resultado, buscou-se redução de custos, aumento de receita via preços, reestruturação da equipe e lançamento de produtos.
“Ousamos estabelecer uma meta de gerar R$ 100 milhões de EBITDA no segundo semestre de 2016. Com a união de brasileiros, ítalo-agentinos e japoneses, que são de empresas do Grupo Usiminas, conseguimos ultrapassar essa meta em três meses. No primeiro trimestre de 2017, alcançamos resultados no mesmo patamar dos anos anteriores à crise”, destaca Sergio.
Outros fatos que orgulham o Grupo foram a retomada da amortização de sua dívida dois anos antes do acordado com os credores, a redução da proporção de dívida em dólar, a elevação do rating da Usiminas pelas principais agências de avaliação de risco e a geração de empregos. Essas e outras conquista foram a base para estabelecer novos desafios e a retomada do planejamento estratégico do Grupo, focado na criação de um propósito compartilhado, no desenvolvimento de lideranças e nos sensos de urgência e agilidade.
Editora Conteúdo/Abgail Cardoso