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Óleo e gás offshore tem boas perspectivas de negócios

Oil Worker And Oil Rig

A volta de investimentos diretos ou contratados através de afretamentos pela Petrobras, Shell, Equinor e Enauta das operadoras Modec, SBM, Yinson, Misc Berhad e BW Offshore, está movimentando o setor de óleo e gás, em especial aqueles desenvolvidos a partir do petróleo extraído das camadas do pré-sal e pós-sal, das Bacias de Santos e de Campos, respectivamente.  Segundo o diretor da Fluxo Soluções Integradas, Sylvio Fonseca no momento, existem cerca de 14 FPSOs em construção no exterior, sendo que várias destas plataformas estão em fase final de construção. Infelizmente somente alguns poucos módulos de processo do topside foram ou serão construídos e integrados no Brasil.

No período entre 2017-2021, a Petrobras contratou, direta ou indiretamente, a construção de 12 FPSOs (Floating, Production Storage and Offloading ou, em português, Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência), cujas capacidades diárias somadas totalizam 2,1 milhões de barris e 118,0 milhões de m3 de gás natural.

Perspectivas excelentes

Estão previstas mais 10 licitações, sendo que 06 novos FPSOs acontecerão a curto prazo, os quais serão direcionados para os campos de Búzios, Sergipe Águas Profundas, Sépia e Atapú. “As perspectivas são excelentes para toda a cadeia produtiva e esperamos que as empresas brasileiras possam participar mais e ativamente destes projetos”, pontuou.

No momento, existem três projetos de FPSOs em fase de definição, com relação a sua contratação, ou seja Shell – Gato do Mato, P-80 (Búzios 9) e P-82 (Búzios 10) – esses dois últimos FPSOs previstos para serem adquiridos na modalidade EPC e irão considerar conteúdo local de 25%. Ambos farão parte da frota própria da Petrobras. Entre as 16 empresas EPCs (Engineering, Procurement and Construction) pré-qualificadas pela Petrobras, encontram-se alguns estaleiros instalados no país, tais como EBR-Estaleiros do Brasil, Queiroz Galvão Naval, Brasfels e Saipem do Brasil. Com o início de operação previsto até 2026, esses empreendimentos agregarão mais 315 mil barris/dia e 20 milhões de m3 /dia de gás natural.

Licitações futuras

A expectativa do mercado agora está voltada para as licitações futuras de 12 unidades flutuantes para a Bacia de Santos, além daquelas que serão adquiridas pela norueguesa Equinor e em futuro próximo pela australiana Karoon. A Petrobras está dando prioridade para projetos de FPSOs com investimento direto para sua frota própria, os quais serão adquiridos nas modalidades BOT (Build-Operate-Transfer) e EPC (Engineering, Procurement and Construction) e deixando os bids de afretamento de lado. Estas unidades deverão acrescentar capacidades superiores a 1,4 milhões de barris por dia, com início de operação previsto até 2028.

Diretor de Offshore da ABEMI, Luiz Felipe Camargo

A recém-criada Diretoria Offshore da ABEMI, em parceria com SINAVAL, ABIMAQ, IBP, ABESPETRO e entre outras instituições especializadas do setor, está atuando para apoiar a indústria brasileira a participar dessa demanda. O diretor de Offshore da ABEMI, Luiz Felipe Camargo, lembra que o Brasil tem uma história de sucesso na indústria de óleo e gás e empresas aptas a fazer esse fornecimento. “O que precisamos é de uma política industrial focada nesse setor, buscando melhorar a competitividade, produtividade, automação e qualificação de mão de obra. Estamos nos mobilizando nesse sentido”, afirma Luiz Felipe.

Editora Conteúdo

 

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