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ABEMI e entidades parceiras sugerem medidas para impulsionar o setor de engenharia e construção

Road Construction

Os investimentos em infraestrutura são essenciais para acelerar a retomada econômica. Considerando que o setor de engenharia e construção é um dos grandes geradores de empregos, a ABEMI, mais uma vez, junto com o Instituto de Engenharia e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (SINICON), assina uma carta aberta com sugestões que podem contribuir para a retomada das atividades do setor.

Enviada aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados e aos ministros da Casa Civil, da Economia, das Minas e Energia e da Infraestrutura, a carta elenca sugestões de ordem tributária, de acesso a financiamento e investimentos em infraestrutura.

No campo dos impostos, as entidades lembram que a reforma tributária é essencial para aliviar a excessiva carga que limita a competitividade das empresas de engenharia e construção no país. A carta reivindica ainda mecanismos que facilitem a liquidação de passivos tributários.

No documento, as entidades pedem que, nos instrumentos de crédito, as garantias sejam baseadas nos resultados dos empreendimentos e apontam que soluções como os Project Finance poderiam equilibrar melhor as condições das empresas brasileiras com as estrangeiras.

Na opinião das entidades, investimentos em saneamento e no chamado novo mercado de gás são iniciativas que podem ser transformadoras para a economia brasileira e para o setor de engenharia e construção. Pedem, ainda, que nas licitações públicas os projetos executivos sejam concluídos antes do início das obras. Segundo o texto, dessa forma se reduzem incertezas sobre custos e prazos.

Além de reiterarem seu apoio às medidas já implantadas pelo governo, as entidades se colocam à disposição para, em conjunto com as autoridades econômicas, avançar na concepção, detalhamento e implantação de outras iniciativas que preparem o país para a retomada econômica segura, sustentável e vigorosa.

 Sinais de recuperação

Apesar das incertezas sobre o fim da pandemia e dos preços do petróleo ainda instáveis, o setor de engenharia e construção começa a dar sinais de recuperação. “Eu vejo mais razões para ser otimista que razões para ser pessimista. Em óleo e gás, por exemplo, vemos mudanças regulatórias importantes, a entrada de operadores privados, a retomada de projetos paralisados e novos projetos sendo lançados”, afirma Telmo Ghiorzi, diretor de relações empresariais da UTC Participações.

Segundo ele, a empresa assinou contratos com a Petrobras e a Trident Energy do Brasil para prestação de serviços, respectivamente, na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, e nas plataformas dos campos de Pampo e Enchova, na Bacia de Campos. O contrato da Heftos com a Petrobras é o primeiro desde 2014, seu escopo prevê a renovação (revamp) da unidade de remoção de enxofre da planta por 21 meses e vai gerar cerca de 100 empregos diretos.

Já o contrato com a Trident Energy inclui atividades de manutenção e construção e montagem (C&M) nas plataformas PPM-1, PCE-1, P-8 e P-65, que operam nos polos adquiridos em 2019 da Petrobras, e deve gerar 400 empregos diretos. “São contratos longos, muito importantes para a empresa, já que vieram num momento de crise forte. Para a Heftos e o grupo UTC representam a resiliência da empresa para superar dificuldades”, afirma Ghiorzi.

O executivo informa que a empresa foi criada em 2019, mas já nasceu com ancorada em 35 anos de experiência no setor de construção e montagem offshore do grupo UTC. Para ele, esse know how foi decisivo para a formatação de propostas tecnicamente adequadas aos requisitos dos clientes e comercialmente agressivas para fazer face ao mercado atual, mais vendedor do que comprador.

Por meio da Heftos, o grupo UTC atua em projetos brownfield no upstream e downstream, incluindo atividades de C&M, expansões, revamps, retrofits, integração, comissionamento e partida, gestão de ativos entre outros, no offshore e no onshore. A UTC Internacional é focada em greenfield de óleo e gás.

Navio polar

Dona do maior estaleiro do polo naval gaúcho, a brasileira Ecovix uniu-se à estatal chilena Asmar para participar da licitação do projeto de construção do Navio de Apoio Antártico. A embarcação dará suporte à base brasileira na Antártida, reinaugurada no início deste ano. Em 2012, a antiga estação sofreu um incêndio de grande proporção e foi praticamente toda destruída.

A parceria da Ecovix com a Asmar inclui um acordo de cooperação, com transferência de tecnologia da empresa chilena para a brasileira, a fim de aumentar as chances de vitória no edital, que está para sair. Trata-se da primeira movimentação da Nova Participações, holding controladora da Ecovix, na retomada da construção de navios no estaleiro de Rio Grande (RS). Segundo a Ecovix, os chilenos desenvolveram vasto conhecimento em embarcações polares por seu posicionamento muito próximo ao continente Antártico.

Ao mesmo tempo em que trabalha com cuidado e responsabilidade em busca de um resultado positivo no edital do navio polar, a Ecovix está empenhada em alavancar sua participação em outros empreendimentos desse porte. Para isso, contratou Luiz Fernando Pugliesi, responsável pelo desenvolvimento de novos negócios da empresa. Segundo ele, foi elaborado um plano que visa o crescimento na carteira de negócios. “O nosso estaleiro é muito bem equipado. Temos tudo para fazer a construção de navios de qualquer porte e acredito que também temos espaço para fazer reparos e manutenção”, destaca Luiz Fernando.

A vitória no edital do navio polar, lembra Luiz Fernando, será uma grande oportunidade para o Estaleiro Rio Grande e toda a comunidade da Região Sul, pois vai gerar emprego e renda para a cidade.

Editora Conteúdo/Abgail Cardoso

 

 

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