A diretoria de engenharia da ABEMI realizou mais uma mesa redonda. Desta vez, o tema foi Engenharia digital: tendências e inovações. Participaram dos debates, os executivos da área, Jairo Guimarães, diretor da unidade de negócios da Autodesk/PARS; Marco Harano, ACC da Autodesk Constrution; Rodrigo Ormezanno, diretor executivo da Hexagon ALI; André Fregolente, consultor sênior da Hexagon ALI e Paulo Andrade, gerente técnico de vendas da LATAM-AVEVA. Como moderadores do ABEMItalks, Oswaldo Bernardo, diretor executivo de operações da Promon Engenharia e Thomaz Americano, diretor de engenharia da ABEMI e de operações da AP Consultoria e Projetos.
Dada a importância do tema, o evento contou com a presença de 87 participantes, entre associados e convidados. Durante quase duas horas, os executivos falaram sobre tecnologia na engenharia que, no Brasil, ainda é um diferencial competitivo, principalmente para as empresas Epecistas.
Embora países como Estados Unidos, Canadá, entre outros estejam muito à frente em relação a engenharia digital, aqui no Brasil, em especial no setor offshore, já existem exigências quanto ao tema , o que leva as empresas a agilizarem seus processos e metodologias para não ficarem fora do mercado.Aumento da confiabilidade
Foi de amplo consenso que o uso da tecnologia aumenta a confiabilidade nas estimativas de preços e no cumprimento dos prazos, reduzindo erros e garantindo qualidade na obra. Assim, com aplicação de engenharia digital nos projetos é possível ter um ramp up mais rápido, com gestão mais profissional do ativo (gerenciamento, manutenção, equipe), além de impactar nos custos, com menos perdas e retrabalho.
Segundo os debatedores, o cliente está cada vez mais imerso na otimização de processos. É a famosa política do ganha a ganha. Ganha a engenharia, ganha o cliente. Neste sentido, o BIM torna-se ferramenta indispensável, já que é capaz de agregar informações inteligentes, simulando a construção antes de iniciar os trabalhos nos canteiros de obras, aumentando a confiabilidade e também porque pode ser utilizado em todo o ciclo de vida dos projetos de capital. E o ecossistema da engenharia digital é fundamental para otimizar este ciclo.
Capacitação da mão-de-obra
Outro importante ponto levantado foi com relação a mão de obra especializada. Um assunto que vem ganhando contornos de complexidade, uma vez que cada vez mais há exigências do mercado que precisam ser supridas com rapidez, para que o Brasil se torne competitivo. Porém há um receio que sem apoio de grandes players, a exemplo da Petrobras, ANP, a capacitação especializada seja demorada em razão dos altos custos. E como o mercado está aquecendo, a concorrência do exterior pode aportar no Brasil já com equipes preparadas e alto conhecimento de engenharia digital.
Quanto a este tema sensível às empresas, Joaquim Maia, presidente da ABEMI, afirmou que a “entidade fica à disposição para liderar esse processo, por meio da diretoria de engenharia, para conseguir o apoio necessário junto a estes grandes players, tendo como base o que já foi feito no passado, mas adequado as atuais exigências.
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