Não podemos negar que a pandemia do COVID-19 causou grandes alterações na vida de toda a população mundial, o que forçou a adotarmos mudanças não somente na esfera social, mas também nas relações do trabalho. A grande maioria das empresas e seus colaboradores não estavam preparados para tais mudanças.
Algumas ações foram tomadas pelo Governo Federal para estabilizar a economia, tentando conter o desemprego e equilibrar as finanças das empresas. No entanto, a forma das empresas se relacionarem com seus colaboradores e vice-versa sofreu alterações com a chegada do teletrabalho (home office). Medidas de registro e controle foram implantadas por cada empresa e baseadas no fator confiança e mútuo acordo.
Alguns estudos já estão sendo realizados e demonstram os benefícios que o trabalho remoto trouxe às empresas, como ganhos em produtividade, redução de gastos com transporte e alimentação, bem como menor desgaste com deslocamento.
Além disso, o mundo ficou globalizado e, portanto, o teletrabalho também influenciou positivamente na atração e retenção de talentos.
Inúmeras têm sido as discussões das relações de trabalho pós pandemia, e temos que levar em conta as melhores práticas das relações de trabalho ocorridas com essa grande mudança mundial que sem dúvida, trará reformas à atual legislação trabalhista vigente.
(*) Maria Michiellin é diretora jurídica da ABEMI e sócia da BNZ (Braga Nascimento e Zilio Advogados)