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O papel da energia nuclear na transição energética foi tema de webinar da ABEMI

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A palestra realizada pela ABEMI sobre “O Papel da Energia Nuclear na Transição Energética no Brasil e no Mundo” foi apresentada por Leonam Guimarães, coordenador do comitê de C&T da AMAZUL (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A). Ele destacou a importância da energia nuclear para a transição energética, afirmando que sem ela, não seria possível alcançar uma descarbonização profunda necessária para mitigar as mudanças climáticas.

Guimarães iniciou sua exposição contextualizando historicamente a energia nuclear, mencionando que o primeiro reator a produzir energia útil foi o protótipo do submarino nuclear Nautilus, em 1954. Em 1957, a mesma equipe construiu a usina de Shippingport, que estabeleceu o paradigma para todas as futuras usinas nucleares.

Tecnologia madura

Atualmente, a energia nuclear é considerada uma tecnologia madura com mais de 50 anos de desenvolvimento, exemplificada por 436 usinas operacionais ao redor do mundo e uma vasta experiência operacional. Guimarães ressaltou que os acidentes históricos, como Three Mile Island e Chernobyl, ocorreram em períodos de imaturidade da indústria e levaram ao desenvolvimento de uma cultura de segurança nuclear, fundamental para a alta confiabilidade dos reatores modernos. Ele também mencionou o acidente de Fukushima, causado por desastres naturais, e como as lições aprendidas influenciam os projetos contemporâneos.

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Webinar organizado pelo Comitê de Transição Energética da ABEMI contou com a participação de associados da entidade e interessados no tema

Os reatores da terceira geração atualmente em construção incorporam essas lições e avanços tecnológicos para melhorar segurança e produtividade. No horizonte, a quarta geração de reatores promete mudanças paradigmáticas, com novos tipos de combustíveis e fluidos de resfriamento, como reatores resfriados a sódio, de alta temperatura, e reatores de sal fundido, entre outros.

Os pequenos reatores modulares (SMR) estão ganhando destaque no contexto da descarbonização e segurança energética. Esses reatores oferecem flexibilidade de aplicação, incluindo produção de calor e hidrogênio, e são ideais para grandes consumidores industriais. Guimarães enfatizou o potencial dos SMRs para penetrar no setor de transporte e em aplicações não elétricas, como dessalinização e processos industriais de difícil abatimento de carbono.

Ele também mencionou as perspectivas de energia nuclear offshore e submarina, importantes para a exploração dos fundos marinhos, e as aplicações espaciais, com pequenos reatores possibilitando a exploração do espaço exterior e propulsão de foguetes. A fusão nuclear também foi abordada como uma promissora, embora distante, fonte de energia.

Editora Conteúdo

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