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Os estímulos a investimentos no setor ganham destaque nas discussões da Rio Oil & Gas 2018

Exploração De Bacia De Campos

A estabilidade regulatória é fundamental para garantir a atração de investimentos no setor, alertou João Vicente Vieira, secretário de Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, ao participar da Rio Oil & Gas 2018.
“A indústria sempre vai buscar o melhor lugar para investir. Se não tivermos estabilidade regulatória, vão deslocar o investimento para outro lugar”, destacou, lembrando que o diálogo do governo federal com a indústria petrolífera trouxe muitos benefícios para o país, esperando-se que a próxima administração dê continuidade aos avanços nessa área.
Como exemplo da importância das questões regulatórias, João Vicente Vieira citou a mudança do regime de concessão para o contrato de partilha, que trouxe prejuízos significativos para o país. “Se não tivéssemos mudado o marco, possivelmente estaríamos produzindo 2 bilhões de barris por ano, ou seja, 5 milhões de barris por dia”, afirmou.
O secretário defendeu, ainda, a simplificação e a previsibilidade do processo de licenciamento ambiental para não “atravancar” os projetos no setor. Essa é a opinião, também, do vice-presidente e diretor jurídico da BP, Humberto Quintas, e do diretor jurídico da Repsol Sinopec, Pablo Gay-Ger, que participaram do evento.

Futuro dos campos maduros

O programa da Rio Oil & Gas 2018 incluiu um painel sobre “O futuro dos campos maduros Offshore”. Foi discutida a exploração desse segmento ainda pouco desenvolvido no país, que ganha fôlego agora com a nova resolução da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Essa resolução prevê a redução de royalties para mais de 240 áreas.
De acordo com Marcelo Castilho, superintendente da ANP, a recuperação dos campos maduros é um dos desafios do país. A experiência norueguesa, onde o índice de recuperação atinge 50%, foi apresentada como exemplo do que é possível fazer. Nelson Tanure, CEO da PetroRio, mostrou a experiência da companhia no redesenvolvimento de campos maduros no Brasil. Citou sua atuação no campo de Polvo, que seria abandonado em 2016, mas já apresenta um acréscimo de 50% em sua produção, prolongando sua vida útil ao menos até 2024.
Décio Odone, diretor-geral da ANP, lembrou que a atual retomada do setor se baseou no avanço da produção do pré-sal, mas defendeu que áreas onshore também recebam investimentos. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), José Firmo, o setor busca a diversificação. Segundo ele, a retomada atual vai se intensificar nos próximos anos, com novos empregos e investimentos. De olho nesse cenário, o IBP criou o comitê onshore.

Editora Conteúdo/Abgail Cardoso

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