Saneamento básico e energia são duas áreas promissoras para o setor de serviços de engenharia, portanto são prioritárias para a ABEMI. Em 2021, os respectivos grupos de trabalho na ABEMI já estão em ação, visando contribuir para o desenvolvimento desses setores e antecipar as oportunidades de negócios para os associados.
No saneamento básico, as metas impostas pelo novo marco regulatório, que prevê a universalização de água tratada e do esgotamento sanitário até 2033, e a abertura do mercado para a iniciativa privada estão movimentando o setor.
Com uma agenda intensa de atividades em 2020, o GT de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos da ABEMI realizou, em janeiro, sua primeira reunião de 2021 com o grupo ampliado, que inclui especialistas externos e dirigentes de entidades ligadas ao setor. Apresentando um resumo das ações realizadas no ano passado, o diretor da ABEMI, Joaquim Maia, que é responsável pelo GT, destacou a série de debates sobre saneamento básico, a atuação da entidade em prol da aprovação do marco regulatório e a parceria com outras associações para apoiar órgãos de governo na estruturação do setor.
Para 2021, do ponto de vista institucional, algumas das pendências importantes precisam ser endereçadas, como a análise pelo Congresso dos vetos do governo (especialmente o artigo 16), a continuidade do pipeline de projetos e o entendimento do papel da Caixa nessa estruturação. São esperadas ainda a emissão de decretos complementares ao marco sobre regras de capacidade econômico-financeira das concessionárias e a estruturação do CISB (Comitê Interministerial do Saneamento Básico) e da Agência Nacional de Águas (ANA), que assumiu uma carga maior de responsabilidades com o novo marco regulatório, mas ainda precisa compor sua equipe técnica.
O GT da ABEMI também já tem uma lista de ações para este ano, que inclui a continuidade da agenda entregue à Secretaria Nacional de Saneamento, a atuação política junto aos novos presidentes da Câmara e do Senado, a aproximação de investidores e a consolidação de uma agenda comum com entidades ligadas ao setor, como ABDIB, ABIMAQ-SINDESAN, APECS, ABICON, CNI, Instituto de Engenharia e ABREN.
“Vamos atuar ainda para trazer mais empresas para o GT e para a ABEMI, principalmente estruturadores de projetos, fabricantes, entidades financeiras, fundos de investimento, integradores e construtores”, afirma Joaquim Maia. Segundo ele, o GT vai trabalhar, também, em favor do desenvolvimento do mercado, da estruturação de projetos e da atração de investimentos, além da introdução de novas tecnologias.
PROJETOS DE ENERGIA
Caminho semelhante ao do GT de Saneamento e Resíduos Sólidos, de aprofundar o conhecimento e acompanhar a dinâmica do setor, vem trilhando o GT de Energia. Na sua primeira reunião deste ano, em 19 de janeiro, foram estabelecidas as diretrizes para o primeiro semestre.
Segundo o coordenador do GT de Energia, Elcio Pasqualucci, ainda pairam dúvidas sobre o desenvolvimento dos projetos de energia neste ano. “Algumas das razões para essas incertezas têm raízes no complexo e antiquado arcabouço legal e regulatório que voga no setor elétrico brasileiro. Outros motivos referem-se a questões ambientais e de intermitência de fontes geradoras, que precisam trabalhar em conjunto com outras para garantia de fornecimento. Aliam-se a este cenário os efeitos imprevisíveis da pandemia”, explica.
Diante do potencial e do interesse dos associados da ABEMI em novos projetos de infraestrutura para fornecimento de energia, o GT vai acompanhar os desdobramentos de importantes movimentos do mercado esperados para este ano. A ideia é mapear questões como os impactos da macroeconomia na demanda de energia competitiva e sustentável, o planejamento de médio e longo prazos do governo em relação à matriz energética e o market share entre o mercado regulado e o mercado livre para a comercialização de energia elétrica.
A geração distribuída, o gás do pré-sal, as tecnologias de transformação digitais necessárias para a modernização do setor e como tudo isso impacta na atenção e planos dos associados são outros temas que estão no radar do GT de Energia. Segundo Pasqualucci, o grupo de trabalho é o instrumento da ABEMI para procurar responder a essas e outras tantas questões relevantes que a realidade vai impor, para contribuir com o desenvolvimento das empresas associadas e com a missão institucional da associação.
“O GT terá reuniões ordinárias mensais, além de eventos informativos intercalados sobre assuntos de interesse. A próxima reunião será dia 22 de fevereiro. Todos os associados estão convidados”, informa Pasqualucci, que coloca seus contatos à disposição dos interessados: elcio.pasqualucci@snef.com.br, WhatsApp (11) 989500858.
Editora Conteúdo/Abgail Cardoso