A ABEMI tem apoiado os movimentos que reforçam a importância do crescimento econômico no Brasil. Os diversos manifestos, assinados em conjunto com outras importantes entidades, mostram a importância de mitigar os efeitos da pandemia, através da vacinação e auxilio emergencial, além de levar às autoridades os debates que objetivam a retomada do emprego e da produção das empresas da cadeia da construção.
Entre os assuntos em debate, destaque para a aprovação de importantes medidas, “como a PEC do Teto dos Gastos, modernização da legislação trabalhista (Reforma Trabalhista), Reforma da Previdência, entre outros”, afirma Gabriel Aidar Abouchar, presidente da ABEMI. Segundo o presidente, os indicadores recentes registram um aumento da deterioração do mercado de trabalho, em consequência da piora nos resultados da atividade na indústria.
E quais são as perspectivas para 2021? Antônio Corrêa de Lacerda, doutor em economista e sócio-diretor da AC Lacerda Consultores explica que “o FMI acaba de divulgar os prognósticos de crescimento para várias economias e aponta 3,7% para o Brasil em 2021. No entanto, considero pouco provável que atinjamos mais do que 2%. O primeiro semestre terá desempenho negativo e, mesmo na hipótese de uma reação no segundo semestre, não será suficiente”.
Efeitos da Pandemia
Porém, continua o economista, “o atendimento da população vulnerável tem sido fundamental no enfrentamento dos efeitos da Pandemia. Para além das medidas de amparo social, tendo em vista o aprofundamento e extensão da crise, outras medidas se tornam cruciais para o seu enfrentamento. Note que muitos países têm adotado programas de fomento às atividades e à infraestrutura como forma de estimular a retomada da demanda efetiva, portanto, da renda, do emprego e da arrecadação tributária.
No ano que passou o pagamento do Auxílio Emergencial foi determinante para amenizar a situação. Para 2021, o agravamento da crise no Brasil, torna-se absolutamente imprescindível apoiar as pessoas que estão impedidas de exercer sua atividade.
Essa ação de coordenação de políticas e medidas adotadas denotam o esforço concentrado de tanto combater a crise decorrente da pandemia, como também empreender uma clara estratégia de desenvolvimento. Outro traço comum das ações em curso é a combinação da coordenação e atuação do Estado com o setor privado. Seria um equívoco atribuir essa responsabilidade somente a um deles. Ambos exercem papel relevante para superar a crise. Mas a iniciativa deve ser necessariamente do Estado, uma vez que o investimento público é determinante no processo. Dado o seu o seu efeito multiplicador e de “demonstração”, ele estimula o setor privado a também fazê-lo, sinalizando futuro crescimento da demanda e criando efeito positivo retroalimentado.
Mesmo diante de um cenário de incertezas, Abouchar afirma que “estamos e continuamos otimistas com o refortalecimento da engenharia industrial nacional e continuamos trabalhando por nossas metas de “compliance”, produtividade, desenvolvimento tecnológico, empreendedorismo e geração de emprego”, destaca o presidente.
Editora Conteúdo/Fiorella Fatio