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ABEMI e ABEN destacam expansão da energia nuclear no Brasil em evento

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A ABEMI realizou em junho palestra com o presidente da ABEN (Associação Brasileira de Energia Nuclear), Carlos Henrique Mariz sobre a expansão da energia nuclear do Brasil. Em sua apresentação, ele destacou que este tipo de energia é uma das fontes que mais cresce no mundo, atualmente aproximadamente 14% da produção de energia. Para tanto, mostrou o panorama mundial em que países desenvolvidos como os Estados Unidos, França e Coreia do Sul têm apostado nesta fonte, que também tem ganhado adeptos em desenvolvimento, como é o caso da Índia e da China, que pretendem aderir ao método nos próximos anos.

Quase 80% da produção de eletricidade francesa é de origem nuclear. A França tem 58 usinas nucleares em operação em 19 sítios, onde 44 situam-se em rios como o Loire, Rhône, Sena etc. O país tem uma das mais baixas emissões de CO2 da Europa e também uma das menores tarifas de eletricidade. O país com maior número de usinas nucleares é os Estados Unidos, com aproximadamente 100 unidades e o que mais constrói é a China com 48 reatores nucleares em operação e 11 em construção dentre os 53 que estão sendo construídos no mundo atualmente. Mais de 30 países do planeta possuem geração nuclear em operação.

Matriz equilibrada

Carlos Henrique Mariz, presidente da ABEN

Segundo o presidente da ABREN, a geração de energia elétrica no mundo é predominantemente de energia térmica, incluída a nuclear. Verifica-se que da produção total de eletricidade 40% é proveniente do carvão mineral, 23% de gás natural, 16% de hidroelétricas, 11% de nuclear, 5% de petróleo e o restante de eólica, solar e outros. As termelétricas são confiáveis, não dependem do clima e operam sobre completo controle dos operadores enquanto que as renováveis dependem do clima. As pressões ambientais ligadas ao clima vêm mudando esse perfil aceleradamente.

A energia nuclear, destaca Mariz, “exerce um papel fundamental para concepção de uma matriz equilibrada, fornecendo segurança energética. Existem no mundo 444 usinas nucleares em operação, 54 em construção, 111 em aprovação e mais 330 em planejamento”.
É preciso que se compreenda a importância de uma matriz de energia elétrica bem equilibrada, onde a geração nuclear desempenha um importante papel de segurança energética e de baixa emissão de CO2, se quisemos obter metas elevadas de desenvolvimento econômico com sustentabilidade.

Apesar de muito se falar dos acidentes de Fukushima e Chernobyl, amplamente estudados, explica, “a UNESCAR- United Nations Scientific Committee On Effects of Atomic Radiation, publicou relatórios mostrando os reais efeitos desses acidentes: Chernobyl 64 óbitos confirmados e sem evidências de impacto na saúde pública atribuídos a exposição à radiação 20 anos após o acidente; Fukushima sem baixas confirmadas. Aqui no Brasil seria praticamente impossível haver acidentes dessa natureza: a tecnologia PWR (reator a agua pressurizada) que utiliza água como moderador e não grafite (que é inflamável) e que foi o principal responsável pela ampliação do acidente de Chernobyl.

O Brasil, pela sua situação geográfica e geológica não está sujeito a grandes terremotos nem tsunamis de grandes proporções, que foram as principais causas do acidente de Fukushima”. O Plano Nacional de Energia 2050 (PNE-2050), continua o presidente, prevê a necessidade de pelo menos mais quatro usinas nucleares, além de Angra 3, mas existe a possibilidade de serem construídas até oito usinas adicionais, com capacidade de gerar 1.000 MW elétricos cada.

 

Para Mariz, o futuro das usinas nucleares no Brasil é promissor, já que o setor nuclear no país é um pilar único e insubstituível e que faz parte da estratégia para um desenvolvimento sustentável. Uma das vantagens do país é que há a existência de expressivas reservas de urânio no território brasileiro, colocando o país como um dos 7 países com maiores reservas no mundo. Além disso, a energia é limpa e segura, afinal, o país opera usinas a mais de quatro décadas em segurança. Finalizando, o presidente afirmou que “30 anos bem conduzidos poderão mudar a história da nação”.

 

Editora Conteúdo

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