A ABEMI esteve presente no evento realizado na última quinta-feira, dia 18/04, no Rio de Janeiro (RJ), em que o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), com apoio direto da Petrobras, lançaram o Mapa de Estaleiros do Brasil. Este evento marcou uma iniciativa integrada entre os setores de petróleo, gás, naval e offshore para fornecer informações abrangentes e atualizadas sobre a infraestrutura dos estaleiros e epcistas para aumentar a participação nacional nos projetos de óleo e gás.
Na ocasião, Roberto Ardenghy, presidente do IBP, destacou a colaboração entre a indústria de petróleo, gás, setor naval representado pelo Sinaval e o setor offshore. Pedro Alem, Gerente Executivo de Áreas Terrestres, Águas Rasas e Política Industrial no IBP, apresentou a ferramenta desenvolvida com seus objetivos e propósitos.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, reforçou que o Mapa dos Estaleiros é um primeiro passo para avançar no debate sobre temas como conteúdo local e da indústria naval e offshore brasileira. Acrescentou ainda que o plano estratégico da Petrobras contempla R$ 500 bilhões e a geração de 280 mil empregos por ano até 2028. Ele anunciou uma rodada de negócios na OTC, em parceria com o IBP, para fomentar parcerias entre fornecedores brasileiros e internacionais. Na sequência falaram o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, e do SINAVAL, Ariovaldo Rocha, sobre a retomada da construção de navios no Brasil.
Realidade Brasileira
Destaque para o pronunciamento de Joaquim Maia, presidente da ABEMI, que falou da prioridade da Associação na construção de plataformas e top sites no Brasil. Maia também abordou a necessidade na busca de um fluxo de caixa neutro para os futuros empreendimentos. A realidade brasileira com altas taxas de juros somadas ao elevado valor dos empreendimentos, penaliza sobremaneira a participação das empresas nacionais, restringindo a competitividade das licitações.
O presidente também destacou a necessidade execução da engenharia no brasil, pois esta é fator determinante das especificações de equipamentos e materiais a serem fornecidos pela indústria nacional. Ele expressou preocupação da ABEMI com o fato das plataformas offshore, serem contratadas através de EPCs de grande porte no exterior, o que inviabiliza a participação da indústria nacional de engenharia, construção, e montagem e fornecimentos nas concorrências. Maia enfatizou que esse modelo precisa ser repensado para dar oportunidade de participação das empresas nacionais.
Em resumo, Maia destacou a necessidade de equilíbrio financeiro, o valor da indústria e dos fornecedores locais, e a importância de manter a engenharia dentro do país. Essas observações reforçam o compromisso da ABEMI em promover a inovação, a colaboração e o desenvolvimento do setor de engenharia industrial para o mercado offshore.
No período da tarde, o diretor de offshore da ABEMI, Luiz Felipe Camargo, fez uma apresentação detalhada da capacidade e know-how do estaleiro EBR (associado da ABEMI). Além da ABEMI, o evento contou com a presença de representantes do SINAVAL, ABIMAQ, ABESPETRO e de todos estaleiros e instalações que poderão atender ao mercado offshore nos próximos anos.
Editora Conteúdo