Circulo amarelo esq

Ação de Crivella na Linha Amarela pode prejudicar economia do país, diz associação de construtoras

6cc43e7b9cc8dc01e137ccd82c4a8e83
O prefeito Marcelo Crivella

SÃO PAULO – A utilização de retroescavadeiras para destruir praças de pedágio na Linha Amarela, protagonizada no domingo pela gestão de Marcelo Crivella no Rio de Janeiro, tem potencial concreto para prejudicar a economia do país. Essa é a opinião de Gabriel Aidar Abouchar, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), que reúne as grandes empreiteiras do país.

De acordo com ele, o Brasil precisa ampliar a segurança jurídica de modo a atrair investimentos, para que a economia volte a crescer e gerar empregos.— Isso afeta a segurança jurídica e a credibilidade do país,afeta o setor de concessões, que é uma das apostas do país para atrair investimentos e crescer — afirmou Abouchar. — O que o prefeito do Rio fez foi algo indigno, despropositado, pode ser uma tragédia para a cidade. Abouchar afirma que é preciso avaliar juridicamente o caso com cuidado, mas que a destruição de patrimônio de concessão sem apoio legal pode até gerar um debate sobre o impeachment do prefeito.

Em sua opinião, divergências contratuais devem sempre serem resolvidas no Judiciário, e não com a destruição de ativos.A ação do prefeito,na noite de domingo, coincide com um momento em que protestos se espalham pela América Latina, em países como Chile, Equador e Bolívia, o que faz os investidores ficarem mais receosos com a região.— Mas acredito que este é um caso isolado. Isso nunca aconteceu antes e é lamentável. Espero que isso fique restrito ao Rio — disse ele, ao ser questionado sobre o risco da atitude de Crivella ampliar a resistência de brasileiros aos pedágios, algo que foi diminuindo ao longo dos anos. — Em São Paulo, principalmente, e em todo o Brasil o cenário é muito diferente, eles estão trazendo investimentos. O prefeito do Rio precisa se redimir disso.

Ele afirma, contudo, que o cenário para a infraestrutura no Brasil é positiva, com projetos de concessão, privatização, parcerias público-privadas, leilões de petróleo e uma melhora lenta das contas públicas,após a aprovação da reforma da Previdência. Em sua opinião, há muito interesse de investidores estrangeiros no país.— O setor de construção é o primeiro a sentir a crise e o primeiro a se recuperar. Tivemos os quatro piores anos de nossa História. Em 2019 devemos crescer menos de 1%, em 2020, algo em torno de 1,5%. Só devemos recuperar um crescimento mais significativa em 2021 — disse o presidente da Abemi.

Fonte: Yahoo Notícias

Share:

Related Posts

ABEMI debate COP 30, transição energética e ESG em evento com lançamento de e-book
1000281241
A Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI) promoveu, em São Paulo, um encontro para discutir os desdobramentos da...
Webinar da ABEMI reúne especialistas para esclarecer pontos da Reforma Tributária da Renda
Cartão de visita retangular spa sofisticado neutro (2)
A ABEMI realizou no início de dezembro um webinar dedicado a analisar os principais impactos da Reforma Tributária...
ABEMI apoia Pacto Brasil pela Infraestrutura para dobrar investimentos e impulsionar crescimento até 2030
Cartão de visita retangular spa sofisticado neutro
Onze entidades representativas do setor de infraestrutura e construção lançam, nesta quinta-feira (11/12), o Pacto Brasil pela Infraestrutura,...