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Associados fazem balanço de 2018 e revelam perspectivas para os próximos anos

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Ainda sob os reflexos de uma profunda crise econômica, neste momento de troca de comando, o país renova as expectativas. Para orientar a equipe de transição, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão publicou um documento com 176 páginas em que faz um balanço e uma espécie de prestação de contas do governo Michel Temer.

Intitulado Reformas Macrofiscais e Rigidez Orçamentária, o documento traz uma análise dos efeitos da crise fiscal na macroeconomia e destaca a rigidez orçamentária, das vinculações e dos gastos obrigatórios, além dos desafios relacionados às reformas, ao desemprego e ao desequilíbrio das contas públicas.

O dado mais positivo é a “suave, mas consistente” recuperação do PIB (Produto Interno Bruto), que deve fechar 2018 com aumento na faixa de 1,2% a 1,5%, com destaque para o último trimestre, que cresceu 0,8% em comparação com o terceiro trimestre.

Mas o que pensam os executivos associados à ABEMI? Convidamos dois deles para analisar as perspectivas de negócios em 2019.

O presidente da Projectus Engenharia, Márcio Alberto Cancellara, está otimista, mas consciente dos desafios relativos ao baixo crescimento do PIB, desregulamentações e retomada de investimentos. “Acredito que a partir do ano que vem teremos melhorias progressivas no nosso mercado de Engenharia. Isso se houver confiança, e os novos governantes conseguirem sensibilizar os poderes Legislativo e Judiciário sobre a importância e premência das reformas estruturais que se fazem imprescindíveis. Eu me refiro à Previdência, Tributária, Desburocratização e, principalmente, ao sistema educacional como um todo”, afirma.

O otimismo de Cancellara baseia-se numa reação real, embora tímida, que a empresa já está sentindo. “Estamos sendo procurados para novos serviços por clientes antigos e novos”, comemora. Segundo seu presidente, a Projectus agiu estrategicamente na crise e está pronta para a retomada. “Mantivemos os principais profissionais do nível gerencial e de supervisão técnica, uma vez que atuamos em consultoria de projetos e dependemos exclusivamente da capacitação técnica de nossos recursos humanos.”

Gargalo para o crescimento

As primeiras indicações para compor a equipe do novo governo federal para as pastas da Economia, Justiça e Agricultura e para o Banco Central animam Alfredo Americano da Costa, diretor da AP Consultoria, empresa que tem mais de 25 anos na área de engenharia e projetos industriais multidisciplinares dos setores de petróleo, gás, petroquímica, plantas industriais e terminais marítimos em todo o país.

O executivo acredita na recuperação dos setores de energia, infraestrutura, logística, gás e terminais marítimos, inclusive para estocagem. “Temos grande deficiência nessas áreas, que são um gargalo para o crescimento e a volta do emprego”, afirma.

Vislumbra ainda incremento da demanda na área de campos maduros de petróleo e gás, que, segundo ele, devem passar da Petrobras para as mãos de companhias privadas com custos mais baixos. “Algumas empresas já estão construindo termelétricas na boca do poço de gás”, informa.

Durante a recessão e a baixa dos serviços no setor de óleo e gás, além de buscar maior produtividade por meio de elaboração de serviços em formato digital com softwares de automação e projetos 3D integrados, a AP Consultoria ajustou seu foco para os projetos de edificações e infraestrutura, com atuação no Metrô de Salvador, com excelentes avaliações. “Nossa pontualidade nas entregas dos produtos e a qualidade dos serviços sempre foram um grande pilar para nossa sustentabilidade”, destaca Alfredo.

Editora Conteúdo/Abgail Cardoso

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