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Nova Engevix implanta termelétrica à base de combustíveis renováveis em Roraima

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A Nova Engevix e a Brasil BioFuels (BBF) firmaram uma parceria para a construção de uma termelétrica em Roraima, para gerar energia com fontes renováveis. Localizada em São João da Baliza, a usina terá 17,6 megawatts de potência e vai utilizar matérias-primas disponíveis na região, como a palma, em dois processos diferentes: com óleo vegetal e a biomassa. A obra, iniciada pela BBF em janeiro de 2020, conta agora com a expertise da Nova Engevix para o desenvolvimento da segunda etapa, correspondente à geração de energia com óleo vegetal da palma.

O contrato entre as duas empresas é parte da estratégia da Nova Engevix de apostar no desenvolvimento de projetos sustentáveis, como são os da BBF, para aproximar suas práticas aos princípios de ESG, sigla do inglês que significa a atuação sustentável nas áreas ambiental, social e de governança corporativa. “A ideia da Companhia é continuar utilizando toda sua grande experiência em projetos de geração de energia, focando na área de renováveis, em sintonia com os apelos mundiais para preservação do meio ambiente. Gerar energia a partir do óleo da palma é uma iniciativa nova para a empresa e porta de entrada para futuros contratos”, afirma Ronaldo Ferreira, diretor da Nova Engevix Construções.

Ronaldo Ferreira, diretor da Nova Engevix Construções

A utilização de fontes renováveis é urgente para Roraima, pois o estado é o único que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). E desde que a Venezuela parou de fornecer energia por conta da crise do país, a energia que abastece a população de Roraima passou a ser produzida majoritariamente com óleo diesel.

Geração de energia

“O diesel causa um problema gravíssimo de poluição na região amazônica, além de ter um custo alto para todo o Brasil”, alerta Milton Steagall, presidente da Brasil BioFuels. A geração a diesel no sistema isolado provoca despesas adicionais para cobrir não só o valor do combustível em si, mas seu transporte desde o Sudeste. Para garantir o direito à eletricidade aos cidadãos de todas as regiões, essas despesas são custeadas entre todos os brasileiros por meio da Conta de Consumo de Combustível (CCC), que integra a fatia da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) nas tarifas. O orçamento da CCC em 2021 é de R$ 8,5 bilhões.

O óleo da palma e a biomassa que serão utilizados para a geração de energia na usina em São João da Baliza serão resultado da agroindústria local. A palma é plantada pela BBF em mais de 5,4 mil hectares na própria cidade, seguindo o Programa Federal de Produção Sustentável de Óleo de Palma (PSOP), criado em 2010 pelo Ministério da Agricultura para promover o reflorestamento e garantir o cultivo apenas em áreas que se encontravam desmatadas antes de 2007.

Com a usina termelétrica, é possível ter um aproveitamento quase total da palma, extraindo o óleo e a biomassa do fruto, para utilização como combustível na geração de energia. “Desenvolver uma usina com fonte renovável de matéria-prima abundante no local atende aos três princípios ESG, pois conseguimos evitar emissões de CO2, diminuir os custos para produzir essa energia e ainda gerar emprego e renda para a população de Roraima”, conclui Steagall.

Editora Conteúdo/Abgail Cardoso

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